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Delivery e alta do combustível impulsionam venda de motos, e fabricantes revisam projeções para 2022 - O Blog da Marquinho Motos
Entre janeiro e junho, foram comercializadas 636,6 mil motos, um aumento de 23,1% em relação ao mesmo período de 2021

Enquanto os emplacamentos de automóveis seguem em queda em 2022, as vendas de motocicletas cresceram 23,1% no primeiro semestre em relação ao mesmo período de 2021.

Foram comercializadas 636,6 mil motos entre janeiro e junho, de acordo com a Abraciclo (associação que reúne fabricantes de motos e bicicletas).

Já a produção registrou alta de 18%, com 671,3 mil unidades montadas no Polo Industrial de Manaus entre os meses de janeiro e junho.

“Temos um mercado com tendência de alta, com o avanço dos serviços de entrega [delivery] e o maior uso da motocicleta nos deslocamentos urbanos, além do fator aumento dos preços dos combustíveis”, diz em nota, Marcos Fermanian, presidente da Abraciclo.

A previsão de vendas também foi revista. “A nova perspectiva é de que os licenciamentos totalizem 1,26 milhão de unidades em 2022, com crescimento de 8,9% na comparação com o ano passado”, afirma Fermanian. Antes, a projeção era de alta de 6,3% sobre 2021.

O segmento de motos de baixa cilindrada (com motores de até 160 cm³) foi o que mais cresceu no primeiro semestre, com alta de 27,1% sobre igual período do ano passado. É nesse nicho –que responde por 83% das vendas no Brasil– que estão os modelos utilizados pelos entregadores.

“Durante a pandemia, essas motos vieram como uma opção de ganho de renda principalmente entre os brasileiros que perderam os empregos no setor de serviços”, afirma o presidente da Abraciclo.

Fermanian, contudo, vê que esse movimento começa a arrefecer, devido à volta das atividades e o surgimento de novos postos de trabalho. Mas o executivo acredita que o patamar de vendas seguirá alto, e o licenciamento de motos para deslocamentos diários deve continuar em expansão.

Além de terem preços mais em conta, as motocicletas consomem menos gasolina ou etanol. Segundo estudo feito pela Ipsos Brasil, o preço dos combustíveis é o principal empecilho para a compra de um carro. Esse fator foi citado por 43,1% dos 1.549 entrevistados na pesquisa realizada em março –antes da redução do preço nos postos.

Com a queda dos valores, talvez o fator abastecimento perca um pouco de peso na hora da compra, mas há um outro ponto crítico: a inflação acumulada dos carros, que vem sendo superior à das motos.

Em julho de 2020, um Renault Kwid Zen zero-quilômetro era comercializado por R$ 39,6 mil. Hoje o carro é encontrado por R$ 63,3 mil nas lojas de modelos novos, de acordo com a tabela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Trata-se de uma alta de 59,8% em dois anos.

No mesmo período, a motocicleta Honda CG 160 Start passou de R$ 10,2 mil para R$ 15,5 mil, acumulando um aumento de 52%.

Outro problema é o encarecimento do crédito, puxado pelos seguidos reajustes da Selic (taxa básica de juros). Por lidar com valores mais altos, o segmento de automóveis é fortemente prejudicado pelas barreiras ao financiamento.

Até mesmo os problemas no fornecimento de componentes atingem menos o setor das duas rodas. As motos de baixa cilindrada utilizam poucos semicondutores –por isso o ritmo de produção tem se mantido estável, enquanto paradas seguem ocorrendo nas fábricas de carros de passeio.

O primeiro semestre terminou com queda de 5% na produção de veículos leves e pesados em relação ao mesmo período de 2021, o que fez a Anfavea (associação das montadoras) revisar suas previsões para 2022. Foram montadas 1,09 milhão de unidades entre janeiro e junho. A entidade espera agora que o ano termine com uma alta de 4,1% na fabricação.

Em relação às vendas, a expectativa é de um aumento de 1% sobre o ano passado.

Em janeiro, a Anfavea esperava que 2,46 milhões de veículos fossem produzidos em 2022, o que representaria um crescimento de 9,4% sobre 2022. Na comercialização, a expectativa era de alta de 8,5%.

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