XL, NX, Tornado, XRE, Sahara 300… Qual a melhor moto trail da Honda? A marca aposta no segmento das aventureiras há mais de 40 anos aqui no Brasil – inclusive, com projetos nacionais, desenvolvidos e executados no país. E da XL às XREs houve uma grande evolução. Relembre os principais modelos de uso misto já oferecidos pela japonesa por aqui.

Moto trail Honda: tudo começou na XL 250 R

A XL 250R nasceu em resposta ao sucesso da Yamaha DT 180. Mais do que isso, marcou o grande início das jornadas da moto trail da Honda no Brasil. Também conhecida como “Xisélona”, o modelo entregava 22 cv e 2,1 kgf.m de torque, com a novidade do motor monocilíndrico já movido a quatro tempos.

XLX 250R – 1984 / 1994 – moto trail Honda 

Em 1983 a Yamaha reagiu no mercado e lançou a DT 180 Super Trail com uma série de evoluções. A Honda contra-atacou com a nova XLX 250R, modelo que adotou o sistema de dupla carburação, melhorando o torque do motor. Além das mudanças na motorização (que adicionou 3 cv em relação a XL 250R), a moto trail ganhou renovado.

XLX 350R – 1987 / 1992, clássica moto trail

Em 1987 veio a nova XLX 350R, acompanhando as últimas tendências de design das motos trail estrangeiras. Eram grandes aventureiras, inspiradas no sucesso de grandes ralis internacionais, com 600 cm³ ou mais. Então, grande parte dos componentes da 250 foram mantidos, com exceção da dupla de carburadores, que se mostrou “temperamental” na regulagem. Já o motor ganhou diâmetro do cilindro aumentado, carburador único maior e novo radiador de óleo – alcançava assim 30 cv e 3 kgf.m de torque.

NX 350 Sahara – 1989 / 1999

Inspirada na importada Africa Twin 750, o suprassumo da aventura – mas que não viria ao Brasil -, a Honda lançou a NX 350 Sahara. Era a primeira com uma carenagem integrada ao tanque, com visual inédito no país. Já a base mecânica era a mesma da XLX 350R, incluindo o motor monocilíndrico de exatos 339 cm³. Porém, aqui desenvolvia potência máxima de 31,5 cv a 7.500 rpm e torque máximo de 3,13 kgf.m a 6.500 rpm. É a moto trail mais potente já desenvolvida e fabricada no país.

XR 200R – 1993 / 2002, moto trail Honda

Enquanto a Honda introduzia as versáteis NX, que prometiam mandar bem até mesmo em longas viagens, também trouxe a série XR ao Brasil. Eram puristas, ‘trail raiz’ de corpo esguio, paralama dianteiro alto e suspensões generosas. A XR 200 surgiu em 1993, com 245 mm de curso na suspensão dianteira (217 mm atrás), farol compacto, plásticos leves e flexíveis e aros de alumínio. Em 1998, para atender às normas que regulamentavam o nível de ruído à época, a potência do motor da XR 200 R caiu de 18 cv para 17,2 cv e o torque de 1,8 kgf.m para 1,72 kgf.m. Sua base mecânica ainda seria vista nas CBX 200 StradaNX 200 e CRF 230F.

NX4 FALCON – 1999 / 2008

A Honda Falcon 400 foi lançada em setembro de 1999, em substituição à Sahara. O modelo teve duas gerações, a NX-4 (1999 a 2008) e NX 400i Falcon (2012 a 2015). Na prática, tinham conjuntos praticamente idênticos e diretamente baseados na antecessora. As principais novidades ficavam a cargo do visual mais leve, sem carenagens e com farol preso ao guidão. O motor, herdado da NX e retrabalhado para 397 cm³, oferecia 30,6 cv de potência e 3,51 kgf.m de torque. A segunda geração teve seus números reduzidos pela injeção eletrônica e novas leis de emissões, entregando 28,7 cv e 3,27 kgf.m.

XR 250 Tornado – 2001 / 2008

Substituta da XR 200, a XR 250 Tornado chegou em 2001 para rapidamente se tornar um sucesso. Tinha uma série de inovações, como o motor com radiador de óleo e duplo comando de válvulas no cabeçote, que entregava bons 23,3 cv de potência e 2,42 kgf.m de torque. Já a ciclística contava com balança traseira em alumínio e o câmbio era de 6 velocidades. Outra inovação era o painel, totalmente digital.

XRE 300 – 2009 / 2016, nova moto trail Honda

A XRE 300 foi lançada em 2009 com uma dura missão: substituir de uma vez só a Falcon, uma 400 cc robusta e voltada para viagens; e a XR 250 Tornado, uma trail raiz. Na prática, herdou toda a base da Tornado, mas o motor foi redimensionado para 291 cm³. Assim, entregava 26,1 cv e 2,81 kgf.m. Já o visual era inédito, tendo como marca registrada o enorme e afuncional bico sob o farol. Em 2013 ganhou motor flex, rodando com gasolina e etanol.

A má repercussão do motor de 300 cc levou a Honda a atualizar a XRE em 2015 (já como modelo 2016), mesmo ano em que, curiosamente, a versão naked CB 300R foi aposentada. O problema era o motor, que ganhou então novo cabeçote e válvulas menores, para uma melhora na ventilação e evitar trincas. A potência foi mantida em 25,6 cv, junto de suspensões ajustadas e a opção de ABS de dois canais.

XRE 300 ABS –  2016 / 2023

Ao completar 10 anos, a XRE ganhou uma ‘segunda geração’. Na prática, um facelift. O visual foi atualizado e ficou mais moderno. O grande bico deu lugar a um componente menor e de design vazado, com mais harmonia na carenagem. Outra novidade foi a iluminação, que passou a contar com LED tanto nas setas quanto no farol e lanterna.

Sahara 300 – 2024…

Em outubro de 2023 a Honda apresentou a nova XRE 300 Sahara. Chamada comercial apenas de ‘Sahara 300’, o modelo resgata o nome da antiga NX, mas seu projeto deriva da CRF 250F, de quem herda chassi, balança e outros componentes. Já o motor veio da CB 300F, entregando 25,2 cv a 7.500 rpm e torque de 2.6 kgf.m a 5750 rpm. Pode não ser a mais potente, mas é a mais equipada das moto trail Honda já criadas no Brasil. Tem embreagem assistida e deslizante, iluminação full-LED, painel completo e tomada USB-C.

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