Apenas modelos elétricos serão permitidos; prazo da proibição é o mesmo de automóveis, ônibus e caminhões
O Reino Unido vai proibir a venda de motos com motores a combustão a partir de 2035, mas alguns modelos de menor cilindrada devem desaparecer antes das lojas. A medida segue o plano de descarbonização do governo britânico, que também vai banir a venda de carros a combustão em 2035.
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Segundo o cronograma divulgado pelo Ministério dos Transportes, motos com motores abaixo de 125 cm³ e 15 cv de potência serão as primeiras a sumir das lojas, ainda em 2030. A venda de motos, ciclomotores e quadriciclos com propulsores acima dessa cilindrada ainda será permitida até 2035, quando chega o deadline para a eletrificação completa.
Vale lembrar que, assim como os automóveis, a circulação de motos a combustão não será proibida no Reino Unido – apenas a venda estará vetada. O governo pretende reduzir o número de postos nos anos seguintes para desestimular o uso de veículos a gasolina e diesel. A intenção é que a frota de veículos da região, incluindo motos, carros, caminhões e ônibus, seja totalmente elétrica em meados de 2050.
Os prazos também podem ser alterados se o governo do Reino Unido considerar que a transição da indústria para as motos elétricas está mais rápida do que o previsto. Este não é o caso, uma vez que várias fabricantes britânicas ainda estão nas etapas conceituais de suas futuras motos elétricas.
Caminho difícil
A União Europeia vai seguir exatamente o mesmo cronograma do Reino Unido e proibir a venda de veículos a combustão a partir de 2035. Já em 2030, todos os veículos novos comercializados no bloco devem ter algum nível de eletrificação, como motores híbridos, híbridos plug-in ou totalmente elétricos.
A medida causou o descontentamento de cinco entre os 27 países que compõem a União Europeia: Bulgária, Itália, Portugal, Romênia e Eslováquia. Segundo representantes, o plano conjunto da União Europeia não leva em consideração as peculiaridades e a situação econômica de algumas nações menos desenvolvidas.
Outro país da União Europeia que se mostra contra a proibição é a Alemanha. Apesar de não integrar o bloco dos “dissidentes”, o Ministério das Finanças teme que o país não tenha a capacidade de cumprir a transição no prazo determinado.