A alta no preço dos combustíveis tem aguçado o interesse do brasileiro por motos elétricas.
Elas estão ganhando espaço, e quando a bateria acaba, é só plugar na tomada que está resolvido.
“O custo dela rodar praticamente é zero. Aumentou 32 reais por mês na minha conta de energia”, conta o corretor de imóveis Douglas Lima.”
Dados do ministério da Infraestrutura mostram que só nos quatro meses de 2022 a frota de veículos elétricos em duas rodas emplacados no Brasil já é quase nove vezes maior em comparação ao ano de 2019.
A indústria tem caprichado nos modelos. Uns equipados com som e outros tem até marcha ré. Em Goiânia (GO), os modelos variam de R$ 5 mil a R$ 20 mil.
“A gente abriu com expectativa de 30, 40 motos por mês. No segundo mês a gente teve uma venda já de 70 motos e assim tem sido crescente a cada mês. Hoje a gente tá vendendo em média de 100 a 120 motos por mês”, revela o vendedor Marcos Jonathan.”
Uma loja na capital de Goiás começou a vender motos elétricas há um ano, e percebeu uma mudança no perfil dos clientes. Antes quem comprava eram os mais ricos, que buscavam lazer. Agora elas se popularizaram, e o principal objetivo de quem procura, é economizar.
“Eles fazem a conta assim, um dinheiro que eu estou jogando fora eu pago a parcela da moto e depois ela é minha”, conta Lívia Moreira de Faria, proprietária e uma loja.”
O bancário Aníbal Carvalho Martins tem um carro e uma moto em casa, mas já decidiu: vai deixar o carro na garagem e trocar a moto por duas elétricas. Para ele e para mulher.
“Reduzir custos. Vou ter que trocar a gasolina, que tá quase R$ 8, pela elétrica”, afirma o bancário.”
A economia vem também na hora da manutenção.
“O custo de manutenção desse veículo, que chega a ser 8, 10 vezes menor do que um similar a combustão. Como você tem um número infinitamente menor de peças móveis, você tem um desgaste também equivalente muito menor”, destaca Rui Almeida, vice-presidente de veículos levíssimos da ABVE.”