Pegar a estrada de moto é o sonho de muitos. Mais do que o destino em si, o importante é o caminho, fazer do tempo passado ao guidão uma experiência positiva, que será lembrada com um sorriso no rosto quando chegar a hora de contar para amigos, familiares, filhos ou netos.
Nunca fez uma viagem de moto? Não sabe o que está perdendo, e é justamente para estes que não têm muita experiência que seguem algumas dicas muito simples e fundamentais.
1) ESCOLHA BEM O ROTEIRO – Dá para ir de Honda Biz do Ceará ao Rio Grande do Sul? Dar, dá, mas… melhor não! Comece por roteiros mais curtos, rápidos. Destinos próximos à região em que você vive, onde seguramente se algo der errado será possível contar com ajuda de conhecidos. Dependendo de onde está, uma viagem de moto pelo litoral é algo revigorante.
2) PLANEJE SUA VIAGEM – Recursos como o Google Maps, por exemplo, permitem não apenas saber a distância a ser percorrida como também visualizar o percurso, verificar onde há locais para fazer paradas seguras de descanso, alimentação ou reabastecimento.
3) REVISE A MOTO – A parte óbvia, mas que não pode ser descuidada. Troca de óleo, pneus em bom estado, a transmissão (pinhão/coroa/corrente) lubrificada, parte elétrica funcionando perfeitamente. Leve ferramentas!
4) EQUIPAMENTO DE SEGURANÇA – Viajar de moto exige manter velocidade de cruzeiro, entre 80 e 120 km/h dependendo da via. Use equipamento de segurança completo – capacete, jaqueta e calça com proteções, luvas e bota –, mas um item exige muita atenção: a viseira do capacete ou, no caso de capacetes tipo aberto, os óculos de proteção. A questão é dupla, pois é preciso ter sempre excelente visibilidade e também proteger os olhos de traumas. Mosquitinho no olho a 80 km/h é ruim demais.
5) BAGAGEM – Quanto menos, melhor, e sempre bem fixada através de elásticos/redes ao bagageiro ou banco. Tem baú? Ótimo, mas respeite o limite de carga. Alforjes ou malas laterais são boas opções, desde que bem fixadas, e com pouco peso. Bolsas específicas para serem montadas sobre o tanque são práticas, mas não podem afetar a maneabilidade. Importante: mochila nas costas não é pecado, mas evite. Mesmo com pouco peso, tendem a aumentar o cansaço e tirar mobilidade.
6) TEMPO AO GUIDÃO – A cada hora de pilotagem, pouco mais, pouco menos, pare e faça um alongamento. Além disso, “ouça” seu corpo, e pare se estiver cansado, o que diminui reflexos e aumenta a chance de acidentes. Neste item, a experiência te ajudará a saber quantas horas você consegue viajar em um dia sem arriscar sua segurança.
7) GARUPA – Evite levar passageiro/a nos primeiros roteiros. Ter companhia é sempre bom, mas limite o risco se você não tem experiência de estrada. Quando “pegar a mão”, instrua quem montar na garupa a seguir seus movimentos, a formar um corpo único sobre a moto.
8) PARCEIROS – Última e talvez mais importante dica: se puder, viaje sempre em duas motos. Melhor ainda se o parceiro tiver mais experiência, para te ensinar os macetes, um deles o posicionamento. Jamais ande em fila indiana, mantenha distanciamento de cerca de dez metros no mínimo, rode nos “trilhos” dos pneus dos carros, onde há menos sujeira na pista. Mantenha sempre o parceiro no campo de visão de seu espelho retrovisor, ou vice versa.