Apesar da hegemonia absoluta da Honda CG 160, a Yamaha obteve bons resultados com a Fazer 250 após a paralisação da fábrica na Zona Franca de Manaus (AM). A motocicleta mais vendida da Honda emplacou 28.597 unidades em novembro. Apesar da disparidade, a Fazer 250 dobrou suas vendas ao emplacar 2.181 unidades – número insuficiente para entrar no top 10. Os dados são da Fenabrave (Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores)
Ainda na categoria dos modelos city, vale destacar os bons resultados da Honda CB Twister, que acabou de ser lançada na linha 2022 com poucas mudanças. Foram 4.346 emplacamentos, superando as 3.862 unidades vendidas no mês anterior com boa margem.
Motocicletas mais vendidas do Brasil em novembro
Modelo | Unidades |
Honda CG 160 | 28.597 |
Honda Biz | 14.713 |
Honda NXR 160 | 11.921 |
Honda Pop 110i | 10.616 |
Honda CB Twister | 4.346 |
Yamaha XTZ | 3.432 |
Honda XRE 300 | 3.425 |
Yamaha YBR 150 | 2.883 |
Honda Elite | 2.252 |
Honda PCX | 2.244 |
Fonte: Fenabrave
A Honda também foi dominante na categoria trail, com a NXR 160, e entre os scooters, com o Biz. Os modelos emplacaram 11.921 e 14.713 unidades, respectivamente. Entre as motocicletas premium, a Honda não lidera nenhuma categoria.
No segmento das nakeds, a Yamaha MT-03 liderou com 953 emplacamentos, ante apenas 331 da Honda CB 500. O segmento das maxtrail foi dominado pela Triumph Tiger 900, que emplacou 400 unidades em novembro, contra 360 da Honda CB 500X e 312 da BMW R 1250 GS.
Na categoria das motocicletas custom, a Royal Enfield tem o maior share do mercado. A Meteor emplacou 250 unidades em novembro, seguida pela Interceptor, com 72 emplacamentos. A Kawasaki Vulcan surge na terceira colocação, com 62 unidades vendidas.
Indústria
O balanço da Fenabrave revela panoramas muito positivos com o avanço da vacinação e a retomada da economia no Brasil. O mercado nacional emplacou 106.500 motocicletas em novembro de 2021. A alta é de 9,7% na comparação com o mês anterior, quando foram emplacadas 97.020 unidades.
No acumulado de 2021, o Brasil chega a marca de 1.044.977 motocicletas vendidas – e na comparação com o mesmo período de 2020, quando 816.651 unidades foram emplacadas, a alta é de 27,9%.
Neste momento não há fábricas paralisadas ou operando em turnos reduzidos por falta de insumos na Zona Franca de Manaus. A última a paralisar a produção foi a Yamaha, que ficou sem componentes para produzir motocicletas e motores de popa em setembro.
As marcas que vendem modelos importados, entretanto, encaram problemas não apenas com a falta de microchips, mas também com a alta do dólar e a escassez de contêineres no mercado internacional.